sexta-feira, 8 de abril de 2011

Do entorno do meu umbigo

Gente Não É  Lixo...Deixo agora, por alguns segundo, o entorno do epicentro de mim.
Essa loucura, essa intolerância, esses maus tratos resultaram em agressão.
Agressões que a mídia tem exposto bastante nas últimas semanas. De pessoa pública, de grupo de trogloditas, de criança (que aprendeu com o exemplo destes). E aí? Felizes agora? Felizes com toda essa atrocidade? Ouso a colocar o dedo no fundo da ferida. O choque é porque eram crianças? E se fossem todos negros? E se fossem todos travestis? E se fossem todos "bichas"? A repercussão seria a mesma? A comoção? Essa semana li uma notícia de que o número de assassinato de gays aumentou em 2010. Não foi o que me incomodou. Incomodei-me com comentários sobre a notícia. Comentários intolerantes, devo dizer ignorantes, no sentido mais denotativo que essa palavra possa ter. Pessoas que confundem liberdade de expressão com agressão. Confundem privilégio legal com justiça plena e IGUALDADE de direitos. A sensação que dá, é que de tanta ignorância, se pudessem, seriam capa dos jornais nacionais e internacionais por exterminarem os que não são como eles. Após tantos anos, retornamos a pensamentos de hegemonia? Ah! E ainda alguns falando em Ditadura Militar. Probrezinhos...
Só posso mesmo ter pena. Pena dessa gente ignorante, preconceituosa e preocupada por demais com a vida do alheio. Pena dos inocentes, mortos pela intolerância e pela falta de respeito. Onde vamos parar? Lembro que algum tempo atrás acreditava que com o passar dos anos o preconceito acabaria, pois as pessoas teriam mentes mais "abertas" e entenderiam que não importam os rótulos, mas sim o caráter.


Tenho medo.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Carménère before 12:00 PM


Sempre procurei um algo mais na vida. Tudo muito emocionante, 8-80, muito quente ou muito frio. Nada morno. Errei. Fui longe demais onde deveria ter dado uns três passos para trás. Hoje, ontem, amanhã, um dia... É como se tentasse voltar a um casulo que já não existe mais.
Vi mais uma vez (coincidência) uma psicóloga dizer que crianças que têm fortes traumas na infância tendem a se superar nas atividades acadêmicas como mecanismo de superação. Quero ouvir falar agora no depois..
Força de transformação. Sabe que não acredito nos porquês da vida... Por que nascemos? Porque dois desprevenidos meteram sem camisinha, a mulher estava em seu período fértil e o homem tinha espermatozóides com motilidade, em boa quantidade e um felizardo conseguiu seu lugar ao óvulo. Pronto. Não me venha falar de missão. A gente se engana com isso. Quer ser importante.
Isso não existe. Aliás tudo que existe só existe na minha cabeça, na sua... O mundo pra mim é fantástico. Pensar na organização que o homo sapiens desenvolveu para que eu esteja aqui hoje, na frente deste computador, expressando o que eu penso, para mim mesma. As cidades, as ruas, os prédios, os aviões, o vacabulário, a ciência, a genética, os mitos, os cabos da internet, a tv a cabo... Acabo de pensar como os satélites ficam lá e não caem?
Eu não quero entender muito mais. Sinto-me velha, antes da 3ª década.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Manifesto


De tudo que penso, de todas as idéias malucas que tenho, essa foi a última.
Pensei que poderia ao menos escrever o que penso, como exercício mesmo.
Pra não continuar acreditando que meu cérebro já está atrofiado.
Chorei hoje, com uma música que fala de amizade... Me afastei de todos. Engraçado que além do amor, outro fator que influenciou essa distância foi o trabalho. Engraçado, também, que esse trabalho todo não deu em nada... Nem dinheiro, nem sucesso, nem nada.
Traição. Traída pelos princípios.
Ouvi pela manhã uma psicóloga em uma rádio, ouvi muito pouco... Dizia que desde a infância construímos quem somos. Somos imagens do que projetamos de nós mesmos.
Epifania.
Acho que só quis aprovação e onde a encontrei não percebi. Ou percebi e fiz pouco caso.
O que quero é viver a vida. Viva.